Por Marcos Aurélio dos Santos
Deus amou o mundo, e por esta
razão deseja salvá-lo. Esta grande salvação brota do coração de Deus enraizada em
seu infinito amor por sua criação. Tudo que foi criado pela ordem de sua
poderosa palavra está sobre seu domínio, do céu à terra. Ele é a razão de toda
a existência.
Nada que exista está fora da
criação, tudo foi feito por Ele e para Ele. Do abismo nasceu luz, do caos foi
formado terra e mar. Pelo sopro de sua boca, Ele deu fôlego de vida ao ser humano,
homem e mulher, criados à sua imagem e semelhança, pelo seu poder tudo que tem
vida tem sua fonte de existência nele. Os
céus e a terra proclamam a sua glória.
Um fato histórico trouxe
maldição a toda a criação, e por isso a mesma geme por salvação. O homem pecou
e a consequência foi a queda da humanidade. Como um vírus, a maldição se
alastra por toda a terra, nada escapa do efeito adâmico que afetou toda a
geração até agora, como também tudo que foi criado.
Contudo Deus em sua infinita
misericórdia resolve salvar o que foi afetado pela queda. Tudo que está sobre o
jugo de maldição, Deus quer salvar, desde a humanidade até a relva do campo.
No plano de salvação de Deus
não há prioridades, tudo é prioridade, pois tudo foi criado por Ele é para sua
glória. Qualquer outra perspectiva que não se estribe em uma salvação cósmica e
integral é reducionismo. O prioritário é o todo.
Duas perguntas se fazem
necessárias. Se estamos incluídos e temos a certeza de nossa salvação por meio
de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, qual o nosso papel do plano salvador
de Deus? Estamos convictos de que o mais importante nisso tudo é a glória de
Deus?
É preciso refletir. Se estamos
nos importando demasiadamente com nossa salvação pessoal em detrimento da
salvação de tudo que foi criado, não estamos em concordância com os propósitos
de Deus quanto à salvação do mundo. Ele amou o mundo, e não apenas a nós.
Se por ventura não cremos que
Deus se importa com tudo que Ele criou, e apenas conosco, somos
individualistas. Nossa cosmovisão está distorcida, sem base bíblica, está
alienada. Não estamos enxergando o Reino de Deus em sua dimensão integral,
nosso egoísmo nos impede de ver e entender a salvação em sua forma total.
Cristo Jesus, nosso salvador
esteve com o Pai desde o início de tudo. Ele é o Alfa e Ômega, Nele tudo
começa, Nele tudo termina. Por esta razão, na encarnação daquele que criou
juntamente com o Pai tudo que existe, está também um chamado para sermos
parceiros de Deus no plano redentor do todo. Portanto sinalizar o reino de Deus
no mundo por meio da encarnação do Evangelho do Reino, significa dizer que Deus
é Senhor de tudo e de todos e que sua salvação é cósmica e integral.
Deus tudo ama, e tudo quer
salvar. Sem prediletos, sem dicotomias, esta salvação é integral, não há uma
junção entre “material-espiritual”, pois em seu infinito amor, o Eterno veio
por meio do seu Filho Jesus reconciliar todas as coisas para a sua glória.
Amém.
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