Por Marcos Aurélio dos Santos
Nos últimos dias a igreja brasileira tem vivenciado experiências místicas
em suas diversas maneiras. Curas, línguas, exorcismo, “Revelações” e não muito
distantes manifestações estranhas às experiências vividas pela igreja do
primeiro século, como as manifestações sobrenaturais da igreja do aeroporto de
Toronto no Canadá (EUA), um movimento que ficou conhecido mundialmente pelo
nome de “A benção de Toronto” e que já é praticada no Brasil em diversas igrejas
pentecostais e históricas.
Nesse novo movimento que teve sua explosão em 1994, liderado pelo
pastor John Arnott e sua esposa Carol, Algo de muito Estranho acontece. Risos,
gargalhadas, desmaios, tremedeira, pessoas imitando animais, rugindo como Leão,
uivando como lobo, tem também o canto do galo e o grito da águia, a chamada “unção”
manifesta-se de várias formas, o Culto em seu clímax transforma-se em uma
espécie de “zoológico espiritual” onde estas manifestações são recebidas como
sinal da “presença do Espírito”.
Vejamos o que diz o Dr Augustus Nicodemos em seu artigo,
“Entendendo a Benção de Toronto”.
"O movimento da "bênção de Toronto" faz parte do que tem
sido chamado de reavivalismo moderno, em distinção aos avivamentos históricos
dos séculos passados. Debaixo da influência de Charles Finney, os evangélicos
do século passado até nossos dias passaram a ver o avivamento como algo
produzido diretamente pelo esforço organizado de igrejas ou denominações".
Avivamento, dizem, é o resultado do emprego adequado dos métodos
certos. Nesta moldura teológica, os que desejam avivamento empregam todos os
meios possíveis para produzi-lo, em contraste ao espírito dos antigos, que
consideravam avivamento como obra soberana de Deus, pela qual poderiam orar,
mas jamais produzir.(artigo publicado originalmente na revista Ultimato).
No avivamento moderno de Toronto, que difere em muito das
experiências vividas por Finney, Whitefield, Wesley e outros avivalistas do
passado, descarta-se a soberania de Deus e a liberdade de atuação do Espírito
Santo, o “avivamento” tomou um aspecto antropocêntrico, onde a busca da
vitalidade espiritual parte de esforços humanos, rejeitando a ação soberana do
Deus todo poderoso.
No lugar da oração de humilhação e submissão ao Espírito na espera
de um verdadeiro avivamento, encontra-se espaço para a oração da determinação,
do poder da palavra humana, encontrando seu ponto principal nas ações do corpo
influenciadas pelos rituais de cultos afros, indígenas, e outros.
Percebe-se também a oração dos pequenos deuses, que enganosamente acreditam ter
o controle do poder de Deus. Daí parte a ideia de poder para derrubar
pessoas com sopros, paletó, imposição de mãos e etc.
Outro fato preocupante é que os avivamentos modernos não produzem
o que é essencial em um verdadeiro avivamento, O fruto do Espírito. Nos avivamentos antigos, as marcas
das virtudes do Espírito se manifestavam através de confissão de pecados,
arrependimento, conversão, disposição para fazer a missão, assistência ao necessitado e uma sincera busca
de comunhão com Deus e com os irmãos.
Vale à pena refletir sobre este trecho do testemunho do ex-pastor
da igreja do aeroporto de Toronto, Paul Gowdy:
"Depois de um ano na
“bênção” preguei num encontro de pastores e falei: “Amigos, temos nos sacudido,
nos arrastado pelo chão, rolamos por terra, rimos, choramos e adquirimos as
camisetas da igreja. Mas não temos avivamento, nem salvação, nem frutos, nem
aumento de evangelização, por isso, qual é a graça?”. Fui repreendido – afinal,
quem era eu para anelar frutos quando o Senhor estava curando seu atribulado
povo? Durante anos éramos legalistas, e Deus agora estava restaurando as
feridas libertando-nos do legalismo. Aconselharam-me a não forçar o Senhor que
os resultados apareceriam no tempo certo.
....O Senhor nos chama ao arrependimento, e graças
ao Senhor pelo que ele é, pois nos conduzirá e nos restaurará ao Pai. Se Deus
me perdoou e abriu os meus olhos então poderá agir a favor de todos os que estão
no engano.
Termino com o alerta de Paulo que permaneçamos
firmes para não tropeçarmos em coisa alguma".
Sinceramente,
Paul Gowdy
De fato há relatos na história dos avivamentos antigos de irmãos
que caiam prostrados chorando, lamentando e confessando seus pecados, outros
ficavam imóveis ao impacto da exposição poderosa da palavra pregada pelos
avivalistas da época. No entanto, a diferença entre o avivamento antigo e o
moderno é que o ultimo em sua maioria é motivado por intenções humanas e que
ficam alheios à soberania de Deus em tais manifestações.
Nos avivamentos antigos, Pessoas caiam prostradas não pela força motivadora do homem,
mas porque estavam diante da presença poderosa e majestosa do soberano Deus,
após a exposição da palavra, fato que raramente ocorre nos avivamentos
contemporâneos.
As manifestações corporais não trazem nenhuma edificação se não
houver a evidencia do fruto do Espírito. Gritos, berros, risos, gargalhadas,
imitações de animais e outras manifestações na igreja de Toronto, são estranhas
ao ensino do Novo Testamento. Os argumentos teológicos de Arnott, não têm
fundamento nas escrituras. Augustus Nicodemos diz:
A verdade é que não existe
justificativa bíblica para "cair" no Espírito, rir no Espírito, e
imitar sons de animais. Não lemos destas coisas ocorrendo com os crentes da
Igreja apostólica, no livro de Atos, nem há qualquer referência a estas manifestações
nas cartas escritas pelos apóstolos às comunidades do primeiro século. Se estas
coisas acompanharam a Igreja apostólica, e eram para ocorrer através dos
séculos na Igreja cristã, é estranho que não há qualquer referência,
orientação, ou instrução, da parte dos apóstolos a este respeito.
Por fim, a igreja brasileira deve estar alerta a estes movimentos
para não corrermos risco de cairmos no erro do engano, e sermos levados por
ventos de doutrina que nos últimos tempos tem soprado nos ouvidos dos
evangélicos brasileiros. Em meio à pluralidade religiosa de nossa época, o
caminho seguro que devemos trilhar é o da perseverança na doutrina de Cristo,
tomando como exemplo a igreja primitiva que unanime perseveravam nisto (At.
2.42).
Que o Senhor nos Ajude!
Para Ler mais sobre o assunto, Leia o artigo do Dr. Augustus
Nicodemos Lopes em: http://otonieldemedeiros.blogspot.com/
Isso realmente é muito estranho, para saber se realmente isso é de Deus ou não, pergunte ao Espirito Santo de Deus Ele tirará todas as duvidas, caso Ele não responda leia provérbio capitulo 2
ResponderExcluiranestesico inlatorio movimento cai cai e repousar no espirito e o terno ungido outros...
Excluiryupmovimentoo caiy caiy e repouzso no espirto do anestesico ynalatóri0
ResponderExcluirImpressionante como está cheio de pessoas que não tem o Poder do Espírito Santo, como está escrito em Joel 2, e Atos 1.8 e Atos 2 e Atos 10, I Co 12, I Co 14, Rm 12 e Ef 4, e fica criticando quem tem. O Poder de Deus é para os humildes e não para os críticos.
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