Por Marcos Aurélio dos Santos
INTRODUÇÃO
Uma Pesquisa recente realizada pela organização das nações unidas (UNU) revelou que a cada cinco segundos morre uma criança de fome no mundo. Os dados desta pesquisa revelam o reflexo da injustiça para com as comunidades empobrecidas criando em nosso país e no mundo os chamados bolsões de pobreza.
Nesta mesma pesquisa é também revelado que o sistema produtivo gera comida suficiente para alimentar doze bilhões de seres humanos, enquanto a população mundial é de sete bilhões.
Estas pesquisas fazem uma denúncia bastante pungente na qual requer urgente atenção de nossa parte. Percebe-se que há uma produção abundante de alimento que segundo os números apresentados, daria para alimentar quase o dobro da população mundial.
Acontece que por traz da triste realidade existente, esconde-se um sistema especulador que gera uma riqueza ilícita resultando em mais pobreza e miséria.
Outra pesquisa indica esta realidade em nível de mundo.
Vejamos:
“Brasília - Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti.
As informações são da BBC Brasil. A pesquisa, intitulada Índice Global da Fome 2010, mostra que quase metade dos afetados pela desnutrição são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e no sul da Ásia.”(fonte: http://www.amambainoticias.com.br/).
Dentre as principais causas da pobreza está a desigualdade social. A má distribuição de renda favorecendo os mais ricos em detrimento dos mais pobres. Não muito distante no Brasil nos deparamos com a questão da reforma agrária que se arrasta em sua precariedade, onde o governo não resolve a questão, criando leis que beneficiam apenas os grandes latifundiários. Neste cenário, terras produtivas que poderiam beneficiar comunidades empobrecidas ficam ociosas, para a manutenção e crescimento do acúmulo de bens dos mais abastados.
Diante da realidade existente a igreja não pode ficar apenas como espectadora dos fatos, visto que esta foi chamada para ser sal e luz para o mundo. Deus está na história e a igreja também. Somos desafiados a cooperar com Deus na missão de salvar o mundo, de transformar vidas e comunidades, de fazer valer a justiça em benefício daqueles que não têm voz, pois estes não tem a quem recorrer se não ao Deus de Amor (Pv.31.8).
Vejamos o que diz Pedro Arana em seu artigo: Bases Bíblicas da Missão Integral da Igreja.
“A igreja, assim como o Senhor Jesus, deve ser uma igreja do caminho e não do balcão. Ela não pode permanecer como espectadora da história: tem de descer para onde se travam as lutas reais dos homens. Ali se encontram as necessidades, que são o chamado premente da Igreja para que possa cumprir sua missão.
A passagem também nos fala do conteúdo da missão. Diz que o Senhor ensinava, pregava e servia. Talvez seja isso que a igreja tem esquecido. De testemunha ocular dos acontecimentos humanos, ela tem de passar a identificar-se e solidarizar com as necessidades reais das pessoas. Deve participar como portadora de Cristo e de sua graça, oferecendo os recursos que seu Senhor lhe confiou para a transformação, não somente da situação, mas também da natureza dos participantes.”
A igreja de nossos dias tem o grande desafio de vivenciar e se envolver nas necessidades humanas. Este envolvimento é inevitável, pois Deus sempre esteve e está envolvido nesta questão.
O CUIDADO DE DEUS PARA COM OS POBRES:
Uma das maneiras de Deus expressar seu amor pela criação é o seu cuidado com os mais desfavorecidos. Esta ação de amor da parte de Deus revela seu desejo de que sua justiça seja vista na terra. Ele odeia a injustiça e quem ama não dá saltos de alegria ao vê-la (I Cor.13.6; Rm.1.18 ), e abomina todo tipo de opressão por parte dos que governam ( Jr. 22.17; Sl.107.41;). Por esta razão estabeleceu diversas leis em favor dos pobres, órfãos estrangeiros e viúvas.
Deus se move contra o sofrimento dos pobres. O Salmista declara:
“Por causa da opressão do necessitado e do gemido do pobre, agora me levantarei", diz o Senhor. "Eu lhes darei a segurança que tanto anseiam.” (Salmos 12:5).
O levantar de Deus em meio ao sofrimento dos pobres revela um Deus amoroso e justo. Como um pai que protege seus filhos, Ele traz segurança para aqueles que não têm quem os acuda. Os oprimidos e necessitados são acolhidos, gente marcada pelo sofrimento do não ter nada, carentes de dignidade podem descansar naquele que disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. (Mateus 11:28).
Explorar aqueles que não têm nada pelo fato de serem pobres é contrário ao Amor Divino. Nas sábias palavras de Salomão encontramos esta verdade bíblica:
“Não explore os pobres por serem pobres, nem oprima os necessitados no tribunal” (Provérbios 22:22).
O Escritor do Livro de Provérbios denuncia a prática de exploração aos desprovidos. Gente carente de orientação e recursos era de maneira desumana ludibriada e oprimida pelo sistema judicial injusto da época. Não havia quem os defendesse, eram como mudos, sem voz, sem direitos (Pv.31.8).
Deus nos chama para cuidar dos pobres juntamente com Ele. A vontade de Deus é que possamos expressar seu amor aos desfavorecidos em ação de misericórdia, compaixão e acolhimento. Como cooperadores na missão, somos desafiados a lutar ao lado de Deus contra toda a injustiça que gera pobreza.
Salomão também diz:
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições.” (Provérbios 28:27)
“Quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e ele o recompensará.” (Provérbios 19:17).
Acolher o pobre alegra o coração de Deus e produz em nós felicidade que é a maior recompensa que podemos receber do Eterno.
Deus aborrece a iniquidade e ama a justiça (Sl.11.17). Esta justiça divina com relação aos pobres tem profundas implicações para nós.
Diz o texto: “Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta.” (Provérbios 21:13).
Aqui encontramos a expressão e a maneira de como a balança de Deus funciona. A balança é justa. Para ser ouvido e ter resposta ao seu clamor em tempos de crise, é preciso ouvir o próximo nas suas necessidades, pois Deus é Deus de justiça.
Desviar o olhar para o pobre revela nossa falta de compaixão, contrastando com o caráter de Cristo que nos chamou para ser sal, e ser sal é ter caráter, caráter que reflete a vida daquele que nos formou.
Quanto aos pobres diz também a Escritura:
⦁ Não podemos endurecer o coração nem fechar a mão para o necessitado (Dt.15.7)
⦁ Promover justiça comercial para que os empobrecidos tenham melhor qualidade de vida (Pv.13.23).
⦁ Denunciar todo tipo de exploração e opressão (Zc.7.10)
⦁ Não desprezá-los, pois que assim o faz, faz a Deus ( Pv.17.5)
⦁ Acolher os pobres traz alegria ao coração (Rm. 15.26)
PROFETISMO HEBRAICO E POBREZA
Uma das marcas no ministério dos profetas foi a denuncia contra as injustiças aos pobres. Sem meias palavras entregavam a mensagem da parte de Deus aos que de alguma forma oprimiam as classes empobrecidas. A função dos profetas era fazer valer as leis que beneficiavam os pobres, na qual esta não era exercida nos tribunais.
O profeta chamava o povo ao arrependimento, e nos diversos pecados denunciado estava o desprezo aos mais desfavorecidos. Eles falavam em nome de Deus para revelar ao povo a sua vontade e justiça.
Entre vários profetas podemos citar:
Amós – Denunciou o enriquecimento dos governantes em detrimento dos pobres (Uma riqueza que gerava pobreza). Am. cap.. 4; 8.6.
Zacarias – Denunciou a opressão contra os esquecidos pela sociedade:
“Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns contra os outros”. Zacarias 7:10
Jeremias – Afirmou que acolher o pobre é conhecer a Deus:
“Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-me?”, declara o Senhor. Jeremias 22:16
Ezequiel – Denunciou a injustiça contra os pobres e estrangeiros:
“O povo da terra pratica extorsão e comete roubos; oprime os pobres e os necessitados e maltrata os estrangeiros, negando-lhes justiça”. Ezequiel 22:29
Samuel – Profetizou sobre os cuidados de Deus e recompensa para os pobres e necessitados.
“Levanta do pó o necessitado e, do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de honra. "Pois os alicerces da terra são do Senhor; sobre eles estabeleceu o mundo.” 1 Samuel 2:8
Além dos profetas, Salomão e o Rei-pastor Davi também se levantaram em favor dos pobres:
Salomão:
Não aceitava a opressão e exploração contra os pobres:
“Não explore os pobres por serem pobres, nem oprima os necessitados no tribunal,” Provérbios 22:22
Afirmou que aquele que oprime o pobre despreza a Deus:
“Aquele que oprime o pobre com isso despreza o seu Criador, mas quem ao necessitado trata com bondade honra a Deus”. Provérbios 14:31
Estimulou a prática do dar:
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições.” Provérbios 28:27
Falou sobre a balança justa de Deus em relação ao dar aos pobres:
“Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta.”Provérbios 21:13
O Rei Davi
Disse que lutar pela causa do pobre traz livramento e alegria:
“Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade.” Salmos 41:1
Era contra a matança dos pobres:
“Os ímpios desembainham a espada e preparam o arco para abaterem o necessitado e o pobre, para matarem os que andam na retidão.” Salmos 37:14
Lutou pela causa deles:
“Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados.” Salmos 9:18
Reconhece a ação e o cuidado de Deus em favor deles:
“Pois ele liberta os pobres que pedem socorro, os oprimidos que não têm quem os ajude.” Salmos 72:12
CONCLUSÃO
Deus está na história. O problema da pobreza é um desafio para o mundo e para a igreja também. Deus tem cuidado dos pobres em todos os tempos e chama a sua igreja para lutar ao seu lado contra as injustiças aos desfavorecidos. Ele ama a criação e os que sofrem poderão confiar em seus cuidados. A igreja como serva deve exercer seu papel de sal da terra e luz do mundo.
PARA REFLETIR
⦁ Em sua opinião, há esperança para as comunidades empobrecidas quanto à questão de uma melhor qualidade de vida?
⦁ A igreja deve exercer sua função profética hoje?
⦁ Como a igreja deve exercer seu chamado profético?
INTRODUÇÃO
Uma Pesquisa recente realizada pela organização das nações unidas (UNU) revelou que a cada cinco segundos morre uma criança de fome no mundo. Os dados desta pesquisa revelam o reflexo da injustiça para com as comunidades empobrecidas criando em nosso país e no mundo os chamados bolsões de pobreza.
Nesta mesma pesquisa é também revelado que o sistema produtivo gera comida suficiente para alimentar doze bilhões de seres humanos, enquanto a população mundial é de sete bilhões.
Estas pesquisas fazem uma denúncia bastante pungente na qual requer urgente atenção de nossa parte. Percebe-se que há uma produção abundante de alimento que segundo os números apresentados, daria para alimentar quase o dobro da população mundial.
Acontece que por traz da triste realidade existente, esconde-se um sistema especulador que gera uma riqueza ilícita resultando em mais pobreza e miséria.
Outra pesquisa indica esta realidade em nível de mundo.
Vejamos:
“Brasília - Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti.
As informações são da BBC Brasil. A pesquisa, intitulada Índice Global da Fome 2010, mostra que quase metade dos afetados pela desnutrição são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e no sul da Ásia.”(fonte: http://www.amambainoticias.com.br/).
Dentre as principais causas da pobreza está a desigualdade social. A má distribuição de renda favorecendo os mais ricos em detrimento dos mais pobres. Não muito distante no Brasil nos deparamos com a questão da reforma agrária que se arrasta em sua precariedade, onde o governo não resolve a questão, criando leis que beneficiam apenas os grandes latifundiários. Neste cenário, terras produtivas que poderiam beneficiar comunidades empobrecidas ficam ociosas, para a manutenção e crescimento do acúmulo de bens dos mais abastados.
Diante da realidade existente a igreja não pode ficar apenas como espectadora dos fatos, visto que esta foi chamada para ser sal e luz para o mundo. Deus está na história e a igreja também. Somos desafiados a cooperar com Deus na missão de salvar o mundo, de transformar vidas e comunidades, de fazer valer a justiça em benefício daqueles que não têm voz, pois estes não tem a quem recorrer se não ao Deus de Amor (Pv.31.8).
Vejamos o que diz Pedro Arana em seu artigo: Bases Bíblicas da Missão Integral da Igreja.
“A igreja, assim como o Senhor Jesus, deve ser uma igreja do caminho e não do balcão. Ela não pode permanecer como espectadora da história: tem de descer para onde se travam as lutas reais dos homens. Ali se encontram as necessidades, que são o chamado premente da Igreja para que possa cumprir sua missão.
A passagem também nos fala do conteúdo da missão. Diz que o Senhor ensinava, pregava e servia. Talvez seja isso que a igreja tem esquecido. De testemunha ocular dos acontecimentos humanos, ela tem de passar a identificar-se e solidarizar com as necessidades reais das pessoas. Deve participar como portadora de Cristo e de sua graça, oferecendo os recursos que seu Senhor lhe confiou para a transformação, não somente da situação, mas também da natureza dos participantes.”
A igreja de nossos dias tem o grande desafio de vivenciar e se envolver nas necessidades humanas. Este envolvimento é inevitável, pois Deus sempre esteve e está envolvido nesta questão.
O CUIDADO DE DEUS PARA COM OS POBRES:
Uma das maneiras de Deus expressar seu amor pela criação é o seu cuidado com os mais desfavorecidos. Esta ação de amor da parte de Deus revela seu desejo de que sua justiça seja vista na terra. Ele odeia a injustiça e quem ama não dá saltos de alegria ao vê-la (I Cor.13.6; Rm.1.18 ), e abomina todo tipo de opressão por parte dos que governam ( Jr. 22.17; Sl.107.41;). Por esta razão estabeleceu diversas leis em favor dos pobres, órfãos estrangeiros e viúvas.
Deus se move contra o sofrimento dos pobres. O Salmista declara:
“Por causa da opressão do necessitado e do gemido do pobre, agora me levantarei", diz o Senhor. "Eu lhes darei a segurança que tanto anseiam.” (Salmos 12:5).
O levantar de Deus em meio ao sofrimento dos pobres revela um Deus amoroso e justo. Como um pai que protege seus filhos, Ele traz segurança para aqueles que não têm quem os acuda. Os oprimidos e necessitados são acolhidos, gente marcada pelo sofrimento do não ter nada, carentes de dignidade podem descansar naquele que disse: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. (Mateus 11:28).
Explorar aqueles que não têm nada pelo fato de serem pobres é contrário ao Amor Divino. Nas sábias palavras de Salomão encontramos esta verdade bíblica:
“Não explore os pobres por serem pobres, nem oprima os necessitados no tribunal” (Provérbios 22:22).
O Escritor do Livro de Provérbios denuncia a prática de exploração aos desprovidos. Gente carente de orientação e recursos era de maneira desumana ludibriada e oprimida pelo sistema judicial injusto da época. Não havia quem os defendesse, eram como mudos, sem voz, sem direitos (Pv.31.8).
Deus nos chama para cuidar dos pobres juntamente com Ele. A vontade de Deus é que possamos expressar seu amor aos desfavorecidos em ação de misericórdia, compaixão e acolhimento. Como cooperadores na missão, somos desafiados a lutar ao lado de Deus contra toda a injustiça que gera pobreza.
Salomão também diz:
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições.” (Provérbios 28:27)
“Quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e ele o recompensará.” (Provérbios 19:17).
Acolher o pobre alegra o coração de Deus e produz em nós felicidade que é a maior recompensa que podemos receber do Eterno.
Deus aborrece a iniquidade e ama a justiça (Sl.11.17). Esta justiça divina com relação aos pobres tem profundas implicações para nós.
Diz o texto: “Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta.” (Provérbios 21:13).
Aqui encontramos a expressão e a maneira de como a balança de Deus funciona. A balança é justa. Para ser ouvido e ter resposta ao seu clamor em tempos de crise, é preciso ouvir o próximo nas suas necessidades, pois Deus é Deus de justiça.
Desviar o olhar para o pobre revela nossa falta de compaixão, contrastando com o caráter de Cristo que nos chamou para ser sal, e ser sal é ter caráter, caráter que reflete a vida daquele que nos formou.
Quanto aos pobres diz também a Escritura:
⦁ Não podemos endurecer o coração nem fechar a mão para o necessitado (Dt.15.7)
⦁ Promover justiça comercial para que os empobrecidos tenham melhor qualidade de vida (Pv.13.23).
⦁ Denunciar todo tipo de exploração e opressão (Zc.7.10)
⦁ Não desprezá-los, pois que assim o faz, faz a Deus ( Pv.17.5)
⦁ Acolher os pobres traz alegria ao coração (Rm. 15.26)
PROFETISMO HEBRAICO E POBREZA
Uma das marcas no ministério dos profetas foi a denuncia contra as injustiças aos pobres. Sem meias palavras entregavam a mensagem da parte de Deus aos que de alguma forma oprimiam as classes empobrecidas. A função dos profetas era fazer valer as leis que beneficiavam os pobres, na qual esta não era exercida nos tribunais.
O profeta chamava o povo ao arrependimento, e nos diversos pecados denunciado estava o desprezo aos mais desfavorecidos. Eles falavam em nome de Deus para revelar ao povo a sua vontade e justiça.
Entre vários profetas podemos citar:
Amós – Denunciou o enriquecimento dos governantes em detrimento dos pobres (Uma riqueza que gerava pobreza). Am. cap.. 4; 8.6.
Zacarias – Denunciou a opressão contra os esquecidos pela sociedade:
“Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns contra os outros”. Zacarias 7:10
Jeremias – Afirmou que acolher o pobre é conhecer a Deus:
“Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-me?”, declara o Senhor. Jeremias 22:16
Ezequiel – Denunciou a injustiça contra os pobres e estrangeiros:
“O povo da terra pratica extorsão e comete roubos; oprime os pobres e os necessitados e maltrata os estrangeiros, negando-lhes justiça”. Ezequiel 22:29
Samuel – Profetizou sobre os cuidados de Deus e recompensa para os pobres e necessitados.
“Levanta do pó o necessitado e, do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de honra. "Pois os alicerces da terra são do Senhor; sobre eles estabeleceu o mundo.” 1 Samuel 2:8
Além dos profetas, Salomão e o Rei-pastor Davi também se levantaram em favor dos pobres:
Salomão:
Não aceitava a opressão e exploração contra os pobres:
“Não explore os pobres por serem pobres, nem oprima os necessitados no tribunal,” Provérbios 22:22
Afirmou que aquele que oprime o pobre despreza a Deus:
“Aquele que oprime o pobre com isso despreza o seu Criador, mas quem ao necessitado trata com bondade honra a Deus”. Provérbios 14:31
Estimulou a prática do dar:
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições.” Provérbios 28:27
Falou sobre a balança justa de Deus em relação ao dar aos pobres:
“Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta.”Provérbios 21:13
O Rei Davi
Disse que lutar pela causa do pobre traz livramento e alegria:
“Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade.” Salmos 41:1
Era contra a matança dos pobres:
“Os ímpios desembainham a espada e preparam o arco para abaterem o necessitado e o pobre, para matarem os que andam na retidão.” Salmos 37:14
Lutou pela causa deles:
“Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados.” Salmos 9:18
Reconhece a ação e o cuidado de Deus em favor deles:
“Pois ele liberta os pobres que pedem socorro, os oprimidos que não têm quem os ajude.” Salmos 72:12
CONCLUSÃO
Deus está na história. O problema da pobreza é um desafio para o mundo e para a igreja também. Deus tem cuidado dos pobres em todos os tempos e chama a sua igreja para lutar ao seu lado contra as injustiças aos desfavorecidos. Ele ama a criação e os que sofrem poderão confiar em seus cuidados. A igreja como serva deve exercer seu papel de sal da terra e luz do mundo.
PARA REFLETIR
⦁ Em sua opinião, há esperança para as comunidades empobrecidas quanto à questão de uma melhor qualidade de vida?
⦁ A igreja deve exercer sua função profética hoje?
⦁ Como a igreja deve exercer seu chamado profético?
0 comentários:
Postar um comentário