Por Russel Shedd
Uma renovação realizada pelo Espírito cria fome pelas Escrituras. George Whitefield, pregador renomado do primeiro departamento da Inglaterra e nas colônias americanas, orava sobre cada linha da Bíblia e até sobre as palavras separadamente, convicto de que Deus estava falando com ele. Benjamim Franklin se apressava para ouvir Whitefield, quando reunia multidões, para silenciosamente absorver a mensagem que proclamaria em céu aberto. Alguém questionou o interesse de Franklin em assistir à pregação em que ele não cria. Sua resposta foi contundente: ”É verdade que não creio, mas ele crê!” Tomas Watson escritor puritano recomendou: ”Pense em cada linha que lê, que Deus está falando com você!” A comunicação da palavra viva marca os avivamentos do passado. O poder revolucionário dos sermões dos comunicadores escolhidos por Deus emana da convicção profunda de que Deus era que falava, e não um mero homem.
Em meados do século XX, os assistentes de Westminster Chapel, no centro de Londres, esperavam a exposição poderosa das escrituras do pastor Martyn LIoyd-Jones. Numa ocasião, o poder da palavra ultrapassou as expectativas. De maneira extraordinária, a presença de Deus se manifestou naquele auditório. Durante cerca de dez minutos, os ouvintes foram incapazes de se levantar. Confessaram que nunca tinham sentido o poder de Deus de tal maneira. Uma ex-bruxa disse ao pregador LIoyd-Jones, em certa ocasião: No momento em que entrei em sua capela, eu senti o mesmo poder sobrenatural que conhecia nos centros espíritas, só que era um poder”limpo”. Essa centralidade da palavra, exposta e aplicada com o poder do Espírito Santo, tinha um toque divino comum nos avivamentos.
É lamentável que em muitas igrejas, talvez na maioria, a experiência emocional seja mais importante do que a poderosa exposição das sagradas letras. Walter Brinelli, Pastor da Assembléia de Deus em São Paulo, se queixa de que “não se prega a palavra, mas opiniões humanas. Os ouvintes gostam de ouvir um pregador distraído, que conta histórias interessantes, e forma um ambiente leve no culto. Um confronto com o ensino dos apóstolos tem mais atração para os que vivem na presença de Deus. Sprague declara que para a pregação promover o avivamento é “particularmente, essencial que as grandes doutrinas do Evangelho sejam distintiva e claramente exibidas, em oposição á filosofia humana, por um lado, e a mera exortação, por outro.
O avivamento da primeira metade do século XIX afetou o seu líder principal, Charles Finney:
"Meus dias foram gastos até o ponto em que podia gastar o tempo em vasculhar as escrituras. Li nada mais, em todo aquele inverno, senão somente a Bíblia. E muito do que li pareceu novo para mim. Novamente, o Senhor me levou, por assim dizer, do Genesis até o apocalipse. Ele me conduziu para as conexões das coisas, as promessas, as advertências, as profecias e seus cumprimentos. De fato, as escrituras me pareciam acessas com luz, mas parecia que a palavra de Deus estava vibrando com a própria vida de Deus".
Historicamente, existem três perspectivas principais que constituem a autoridade máxima: A Bíblia, a tradição eclesiástica e a razão humana. Os puritanos, que foram influenciados pelo avivamento, reivindicavam que somente que somente as escrituras possuíam a autoridade final para buscar uma crença religiosa. O pastor Cotton Mather que orou para um avivamento de 400 dias, Disse: A regra de acordo com o qual a com ciência deve proceder é o que Deus tem revelado nas sagradas escrituras.
Philipp Jakob Spener (1635-1705) fundou o Pietismo na Alemanha. Sentiu com fervor Evangélico, grande necessidade de renovação na Igreja Luterana. Ele entendeu que a leitura individual devocional das escrituras daria um fundamento para uma vida comprometida com Deus e sua glória. A importância do Pietismo para a vida de Nicolas Zinzendorf não deve ser esquecida. O avivamento que eclodiu em Herrnhut, Saxônia, em 1727, foi o mais notável por causa da influencia que os irmãos morávios exerceram sobre John Wesley. Ouve uma conexão direta entre Spener e o primeiro Grande Despertamento do século XVIII.
Fonte: Trecho do capítulo dois do livro Avivamento e Renovação - Russel Sehdd
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